quinta-feira, 29 de abril de 2010

PEDÓFILIA SÓ NA IGREJA?

Dor e vergonha na Santa Igreja de Cristo
Qual a sua atitude? (Parte I)

"Nas últimas semanas os meios de comunicação – principalmente aqueles ligados a grupos evangélicos ou de cunho claramente sensacionalista – divulgaram exaustivamente vários escândalos envolvendo padres em casos de pedofilia, inclusive no Brasil. Num primeiro momento é preciso dizer que, a imprensa pode prestar um grande serviço a Igreja e a sociedade, quando denuncia aqueles que traíram a confiança dos católicos cometendo voluntariamente tamanha abominação. Mas, ao mesmo tempo é preciso ficar “de olho na mídia”. Alguns meios de comunicação são claramente anti-católicos e procuram a todo custo levar a Igreja ao ridículo e ao descrédito. Note-se, por exemplo, que ao noticiar tais crimes, pouca atenção ou nenhuma é dada aquilo que o Papa e os bispos honestos estão fazendo para purificar a Igreja e punir os culpados, inclusive afastando-os para sempre do ministério sacerdotal, quando, obviamente, a acusação é provada. Outro desvio de alguns apresentadores e comentaristas da “Grande Mídia” (sem generalizar) é querer ligar a pedofilia ao celibato, esquecendo que a esmagadora maioria dos casos de pedofilia se dá em pessoas não-celibatárias, boa parte até mesmo casada ou de vida sexual livre. Não posso deixar de mencionar (para que ninguém se ache o tal) casos de pedofilia até mesmo entre pastores evangélicos casados (basta pesquisar através do Google). A posição da Igreja fica esquecida e a maioria dos católicos fica atônita e refém das informações imediatas, porque não busca aprofundar as notícias; boa parte assiste quase exclusivamente a Rede Record (que pertence a Universal) ou a outros canais que nunca apresentam os milhares e milhares de padres honestos e íntegros, que são realmente homens de Deus. Quando você viu uma reportagem na TV sobre os padres que morrem na Ásia ou na África, assassinados pelos muçulmanos extremistas por causa do Evangelho? Em que site você acompanha as obras sociais e a dedicação até a exaustão dos missionários na Amazônia? Qual jornal publica periodicamente matérias ou artigos sobre os monges que trabalham para se manter numa vida de austeridade e oração? Você não se lembra, não é? E talvez até já tenha dito: “tá vendo o que é que esses padrecos fazem?” Pois eu lhe digo “dê a Cesar o que é de César”: aos padres maus a justa punição, mas não lance a lama podre sobre os que trabalham honestamente pelo bem a Igreja. Já estamos humilhados demais, se vocês que se dizem católicos forem os primeiros a exultar com a carniça podre de uma minoria ínfima do clero, imaginem os “urubus” que querem aumentar o número de suas seitinhas (não me refiro as Igreja Evangélicas sérias) em cima da miséria de alguns?
(O Artigo continuará, dando indicações claras para ficar “de olho na mídia” e como enfrentar a situação. Aguarde!).
Pe. José Lenilson de Morais - Mestre em teologia dogmática - Vigário paroquial de Santa Cruz."
Dor e vergonha na Santa Igreja de Cristo
Qual a sua atitude? (Parte II)

"Diante da traição vergonhosa de alguns membros do clero em relação à pedofilia ou outros delitos graves, a nossa atitude (como já exposto na primeira parte do artigo) é, sem dúvida, de repudio de tais atos, de prevenção (através de uma formação nos seminários e permanente sempre mais séria, clara e decididamente auxiliada pelas ciências médicas). Dor e vergonha é o que nós padres e bispos sentimos. Ninguém pense que o nosso sofrimento é pouco. Quando um membro de nossa família se desvia da retidão, os pais e os irmãos sofrem ao extremo. Não é diferente no caso da Família Igreja! Também os verdadeiros católicos sofrem muito por causa de uma desgraça desta, principalmente os agentes de pastoral, porque são eles que enfrentam o bombardeio de perguntas e insinuações da parte dos que não são católico ou são católicos sem compromisso e sem convicção. Qual a nossa atitude diante deste cenário nebuloso. Ficaremos intimidados e acuados? Nós padres, vamos nos calar? Os leigos vão apenas escutar sem nada dizer? É hora de reagir pacifica, corajosa e positivamente?
Em primeiro lugar, no que diz respeito ao grande exercito de 408.024 no mundo e mais de 18.600 no Brasil, a melhor atitude é, em primeiro lugar, rever qualquer atitude, comportamento, amizade, atividade que não correspondam com o sublime ministério sagrado. Mesmo quem nunca manchou o sacerdócio envolve-se com homens ou mulheres (maiores ou menores) deve sair desta crise mais fortalecido no desejo e no empenho pela integridade de vida. Para quem errou o evangelho sempre aponta o caminho da misericórdia, sem excluir a reparação (na prisão, quando o crime é provado) e a exclusão do ministério sacerdotal. Para os católicos leigos, especialmente os agentes de pastoral e os funcionários das dioceses e paróquias, é indispensável à busca pela verdade dos fatos. Não fazem bem a Igreja os católicos ingênuos e acovardados, que não têm a coragem de falar em nome da Santa Instituição Católica e prestam um péssimo serviço, quando caem na onda de contestação dos ensinamentos da Igreja. Para vocês, repito “daí a Cesar o que é de Cesar”. Nada de conivência com erros de padres, nada de amenizar pecados de criminosos, mas muito cuidado para não se tornarem anti-católicos dentro de própria Igreja. Procurem ver as notícias não só pelos meios de comunicação em geral. Vejam as noticias também pelos meios católicos. Que sites você acessa? Que jornais lê? Que revistas assina? Eis algumas sugestões: Sites: www.zenit.org/portuguese;www.cnbb.com.br; www.radiovaticana.org; www.paroquiadesantarita.org.br. Revistas: Cidade Nova (0800 724 2252), Passos ( 011 38711352), Família cristã (0800 701 0081). Há também o jornal oficial do vaticano, o L’Osservatore Romano que, semanalmente, traz tudo sobre o Papa e pode ser assinado pelo site da Editora Santuário (www.editorasantuario.com.br) . Para quem não pode assinar um jornal ou uma revista e não tem acesso a internet, não tem desculpa para ficar inerte e mal informado, é só mudar de canal e assistir os jornais das TVs católicas.
Pe. José Lenilson de Morais
Mestre em Teologia Dogmática
Vigário paroquial de Santa Cruz."